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Para ser 5ª economia mundial, Brasil deve erradicar miséria, diz Dilma

A pré-candidata petista à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, disse que a erradicação da pobreza no Brasil é necessária para transformar o país na quinta maior economia do mundo. “Acredito que, tendo em vista o fato de que o Brasil foi uma das sociedades mais desiguais do mundo, para que o país chegue a ser a quinta economia do mundo, deve haver uma componente social muito forte. É preciso erradicar a miséria", disse durante Fórum promovido pela revista econômica "Exame", em São Paulo, nesta segunda-feira.
No evento, que reúne presidenciáveis, empresários e economistas para debater o tema "Brasil: A construção da quinta maior economia do mundo”, Dilma afirmou que ainda restam milhões de brasileiros que devem ser retirados da miséria. "É preciso resgatar o processo de mobilidade social, que foi parcialmente interrompido ao fim do ´Milagre Econômico´".
Sobre a administração da política econômica, Dilma destacou a importância do controle da inflação e equilíbrio fiscal, além do câmbio flutuante. Para ela, o crescimento deve ser sustentado no país. Ela espera, para os próximos anos, o crescimento de, aproximadamente 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Dilma também disse ser necessário o investimento na infra-estrutura do país. Ela elogiou a matriz energética brasileira, citando a energia hidrelétrica e o grande potencial do país na produção de biocombustíveis, além de ressaltar o potencial econômico do petróleo da camada pré-sal. "O pré-sal é nosso passaporte para o futuro", disse.
Ela observou ainda que o país não deve contar apenas com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para realizar obras. "Não devemos deixar que o BNDES financie todas as obras de infra-estrutura no país. Devemos aproveitar o potencial dos fundos de pensão e confiar no mercado de capitais", sugeriu.

Dilma afirma que só o governo central não é suficiente para dar conta do processo de mobilização. "Precisamos mobilizar corações e mentes para articular governo, instituições civis e a cidadania brasileira. O processo de crescimento que vivemos não pode ser resumido a uma ou outra instituição, nem à questão ´Setor Público versus Setor Privado´. Este é um projeto de nação".

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